Renner, em crise financeira, deve mais de R$ 300 mil a bancos
foto de Flávio Augusto
Envolvido em novo caso policial após ser detido por cometer um novo
acidente automobilístico na semana passada, o sertanejo Renner está
passando por dificuldades financeiras. O cantor, que fazia dupla com
Rick — após o episódio, o sertanejo anunciou que seguiria em carreira
solo — deixou de honrar compromissos com três financeiras desde 2010,
quando a dupla rompeu pela primeira vez. Renner, que está respondendo o
processo em liberdade, teve a fiança de R$ 10 mil paga por Rick. O
sertanejo anunciou que daria um suporte financeiro por um ano para o
antigo parceiro.
A crise financeira do cantor, no entanto, não é
compatível com o estilo de vida que ele vinha levando. Renner continua
morando numa confortável casa em Alphaville e possui carros de luxo,
como a BMW X5 que dirigia no dia do acidente. Nenhum dos bens, no
entanto, está no nome do cantor — uma “manobra” para evitar que eles
sejam usados para pagar as indenizações à família das duas vítimas
fatais do acidente automobilístico provocado por ele em 2001. De acordo
com o TJ-SP, a dívida já ultrapassa R$ 3 milhões.
Sertanejo Renner pode ter R$ 2 milhões em bens confiscados para pagamento de indenização a vítimas de acidente
As famílias das duas vítimas fatais do acidente automobilístico
provocado por Renner, da dupla com Rick, em 2001, podem ganhar, até o
final deste ano, cerca de R$ 2 milhões, parte do valor estipulado pela
Justiça na ação indenizatória ganha em 2007. O montante é referente ao
valor de bens que não estão no nome do cantor, mas que a Justiça de São
Paulo, em primeira e segunda instância, considerou que devem ser usados
para o pagamento da indenização. A defesa do sertanejo tentou levar o
processo para o STF (Supremo Tribunal Federal).
Originalmente,
o valor da ação estava calculado em R$ 1,08 milhão. Por causa da
correção e de multas, o valor já ultrapassa a casa de R$ 3 milhões. As
contas e os bens de Renner estão bloqueados, mas como a Justiça não
encontrou nada no nome dele, apenas a renda de direitos autorais ainda
são recolhidas. Os depósitos variam de R$ 7 mil a R$ 40 mil.
Até
hoje, pouco mais de R$ 350 mil foram pagos às famílias das vítimas. “É
menos de 10% do valor total”, calcula o advogado de acusação, Paulo
Ciccone, que buscou provar, em juízo, que o sertanejo repassou bens e
empresas para o nome de familiares e pessoas físicas para evitar que
eles fossem usados para quitar a ação indenizatória.
Apesar de
nada constar em seu nome, Renner vive ainda numa mansão no Alphaville,
condomínio de luxo em Barueri, na Grande São Paulo. A assessoria do
cantor disse que ele não se pronunciaria sobre o assunto.
Relembre o caso
Renner foi processado civil e criminalmente pela morte do engenheiro
químico Luís Antônio Nunes Aceto e da namorada dele, Eveline Soares
Rossi, no dia 20 de agosto de 2001, em Santa Bárbara D’Oeste, interior
de São Paulo. Na ocasião, o casal andava em uma motocicleta na rodovia
Luiz de Queiroz, sentido Piracicaba-Campinas, quando foi atingido pela
BMW do cantor. Ele trafegava em alta velocidade, por volta de 160
quilômetros por hora, quando perdeu o controle do automóvel e invadiu a
outra pista.
Renner nunca chegou a ser preso. No ano passado, ele
pagou uma multa à Justiça no valor de R$ 244 mil e se comprometeu a
prestar serviços comunitários para se livrar da pena de detenção por 3
anos e seis meses.
fonte do extra
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