Brasileiro executado na Indonésia morreu com um único tiro, afirma jornal
O porta-voz da Procuradoria-Geral da Indonésia, Tony Spontana,
afirmou que o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos,
morreu com um único tiro, no peito. A informação foi publicada pelo
jornal Folha de S.Paulo.
Ainda segundo a Procuradoria do país, responsável pelas execuções dos prisioneiros, o brasileiro foi o segundo dos seis priosioneiros a ser executado. Archer foi amarrado a uma estaca de madeira e fuzilado à 0h30 (15h30 do último sábado, no horário de Brasília). Um médico confirmou a morte dez minutos depois.
Ainda segundo a Folha, a vice-cônsul da Embaixada do Brasil na Indonésia, Ana Coimbra, estava na ilha de Nusakambangan no momento da execução, mas não a acompanhou. Ela ouviu um único tiro no momento em que Archer foi morto e fez o reconhecimento do corpo do brasileiro.
A tia materna de Archer, Maria de Lourdes Archer Pinto, está no país e providenciou a cremação do corpo do sobrinho. As cinzas devem ser trazidas para o Brasil ainda esta semana.
Marcos Archer foi preso em 2004 após tentar entrar na Indonésia com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa delta. A droga foi descoberta pelo raio-x do Aeroporto Internacional de Jacarta. Na ocasião, ele conseguiu fugir, mas foi capturado duas semanas depois. Ele, então, foi julgado e sentenciado à morte. As leis da Indonésia contra crimes relacionados a drogas estão entre as mais rígidas do mundo.
Foto: Divulgação/14-01-2015 / Agência O Globo
RIO - Descrito pelos amigos como uma pessoa “alto astral”, talvez os companheiros de Marco Archer não o reconhecessem no personagem envelhecido e triste das fotos que substituiu ao outrora corado e animado instrutor de voo livre.
Antes de ser preso em 2003, Marco vivia viajando entre Bali, na Indonésia, e o Rio. Um amigo conta que “Curumim”, apelido de Marco, elegeu a Indonésia como destino porque era “boa, bonita e barata”. Acostumado a ser rodeado de amigos na praia do Arpoador, na Zona Sul carioca, nos últimos 11 anos Marco ficou sozinho em uma cela enquanto viu sua morte ser prorrogada durante anos, através de recursos judiciais, e também à espera de reposta do governo indonésio aos pedidos de clemência feitos pelo Brasil.
Em 2012, prestes a ser fuzilado, Marco chegou, inclusive, a fazer o último pedido: uma garrafa de uísque. Entretanto, mais uma vez, o cumprimento da sentença foi adiado. Agora, quando a execução parece de fato inadiável, “ele não consegue aceitar”, disse seu advogado na Indonésia, Utomo Karim.
Os amigos, que além da tia que foi ao encontro dele, são a “família” que restou ao brasileiro — cujos pais já morreram —, acompanham de longe o drama e parecem ter perdido as esperanças. Nelson Veiga, amigo desde a adolescência, afirma, emocionado:
— O clima é de injustiça, de impotência e estamos assistindo a uma barbárie. Gostaria de dizer a ele que iremos surfar as melhores ondas do mundo em breve. Juntos no céu.
fonte do extra
Ainda segundo a Procuradoria do país, responsável pelas execuções dos prisioneiros, o brasileiro foi o segundo dos seis priosioneiros a ser executado. Archer foi amarrado a uma estaca de madeira e fuzilado à 0h30 (15h30 do último sábado, no horário de Brasília). Um médico confirmou a morte dez minutos depois.
Ainda segundo a Folha, a vice-cônsul da Embaixada do Brasil na Indonésia, Ana Coimbra, estava na ilha de Nusakambangan no momento da execução, mas não a acompanhou. Ela ouviu um único tiro no momento em que Archer foi morto e fez o reconhecimento do corpo do brasileiro.
A tia materna de Archer, Maria de Lourdes Archer Pinto, está no país e providenciou a cremação do corpo do sobrinho. As cinzas devem ser trazidas para o Brasil ainda esta semana.
Marcos Archer foi preso em 2004 após tentar entrar na Indonésia com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa delta. A droga foi descoberta pelo raio-x do Aeroporto Internacional de Jacarta. Na ocasião, ele conseguiu fugir, mas foi capturado duas semanas depois. Ele, então, foi julgado e sentenciado à morte. As leis da Indonésia contra crimes relacionados a drogas estão entre as mais rígidas do mundo.
Após 11 anos à espera da execução, Marco Archer é um homem envelhecido
Foto: Divulgação/14-01-2015 / Agência O Globo
RIO - Descrito pelos amigos como uma pessoa “alto astral”, talvez os companheiros de Marco Archer não o reconhecessem no personagem envelhecido e triste das fotos que substituiu ao outrora corado e animado instrutor de voo livre.
Antes de ser preso em 2003, Marco vivia viajando entre Bali, na Indonésia, e o Rio. Um amigo conta que “Curumim”, apelido de Marco, elegeu a Indonésia como destino porque era “boa, bonita e barata”. Acostumado a ser rodeado de amigos na praia do Arpoador, na Zona Sul carioca, nos últimos 11 anos Marco ficou sozinho em uma cela enquanto viu sua morte ser prorrogada durante anos, através de recursos judiciais, e também à espera de reposta do governo indonésio aos pedidos de clemência feitos pelo Brasil.
Em 2012, prestes a ser fuzilado, Marco chegou, inclusive, a fazer o último pedido: uma garrafa de uísque. Entretanto, mais uma vez, o cumprimento da sentença foi adiado. Agora, quando a execução parece de fato inadiável, “ele não consegue aceitar”, disse seu advogado na Indonésia, Utomo Karim.
Os amigos, que além da tia que foi ao encontro dele, são a “família” que restou ao brasileiro — cujos pais já morreram —, acompanham de longe o drama e parecem ter perdido as esperanças. Nelson Veiga, amigo desde a adolescência, afirma, emocionado:
— O clima é de injustiça, de impotência e estamos assistindo a uma barbárie. Gostaria de dizer a ele que iremos surfar as melhores ondas do mundo em breve. Juntos no céu.
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Indonésia rebate críticas por execuções e pede respeito às leis locais
hdhd
RIO - Sob chuva de críticas pela execução de seis réus, o
procurador-geral da Indonésia, Muhammad Prasetyo, pediu respeito às leis
do país neste domingo em entrevista a imprensa local.
Foram fuzilados por tráfico de drogas o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, uma indonésia, um holandês, dois nigerianos e um vietnamita em duas penitenciárias no centro da ilha de Java. Brasil e Holanda reagiram às execuções com consultas de seus respectivos embaixadores em Jacarta.
- Podemos entender a reação do mundo e dos países que tem cidadãos que foram executados. No entanto, cada país deve respeitar as leis que se aplicam em nosso país - disse Prasetyo ao jornal "The Jakarta Globe".
O procurador-geral reiterou a defesa da pena capital como medida dissuasória na luta contra o tráfico de drogas e delitos relacionados com o narcotráfico, e avisou que os condenados vão continuar sendo castigados com tal tipo de pena.
- Acho que se compreenderá que a pena de morte está vigente na Indonésia - disse o procurador-geral.
A presidente Dilma Rousseff manifestou sua "consternação" e "indignação" tão logo foi confirmada a execução de Marco Archer. Em telefonema ao presidente Joko Widodo na sexta-feira, Dilma teve seu pedido de clemência negado.
Widodo, considerado por muitos ativistas como uma esperança de mudança no país, optou pela linha dura na luta contra o narcotráfico, e no final de ano anunciou que não afrouxaria a pena para os condenados por estes delitos.
O procurador-geral indonésio anunciou a aceleração da segunda fase de execuções.
- Não deve haver nenhum processo legal para ser concluído. Uma vez o tenhamos completado prepararemos as execuções tão em breve quanto for possível - afirmou Prasetyo ao portal "Jpnn.com".
fonte do extra
Foram fuzilados por tráfico de drogas o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, uma indonésia, um holandês, dois nigerianos e um vietnamita em duas penitenciárias no centro da ilha de Java. Brasil e Holanda reagiram às execuções com consultas de seus respectivos embaixadores em Jacarta.
- Podemos entender a reação do mundo e dos países que tem cidadãos que foram executados. No entanto, cada país deve respeitar as leis que se aplicam em nosso país - disse Prasetyo ao jornal "The Jakarta Globe".
O procurador-geral reiterou a defesa da pena capital como medida dissuasória na luta contra o tráfico de drogas e delitos relacionados com o narcotráfico, e avisou que os condenados vão continuar sendo castigados com tal tipo de pena.
- Acho que se compreenderá que a pena de morte está vigente na Indonésia - disse o procurador-geral.
A presidente Dilma Rousseff manifestou sua "consternação" e "indignação" tão logo foi confirmada a execução de Marco Archer. Em telefonema ao presidente Joko Widodo na sexta-feira, Dilma teve seu pedido de clemência negado.
Widodo, considerado por muitos ativistas como uma esperança de mudança no país, optou pela linha dura na luta contra o narcotráfico, e no final de ano anunciou que não afrouxaria a pena para os condenados por estes delitos.
O procurador-geral indonésio anunciou a aceleração da segunda fase de execuções.
- Não deve haver nenhum processo legal para ser concluído. Uma vez o tenhamos completado prepararemos as execuções tão em breve quanto for possível - afirmou Prasetyo ao portal "Jpnn.com".
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