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Pacotão do Fla: goleiros sangrando, confusão em vestiário e Alec no gol

Alecsandro precisa substituir Paulo Victor e tem pouco trabalho. Ricardo Berna alega ter sido agredido por torcida rival em empate atípico que tem protesto do Flamengo

Por Macaé, Rio de Janeiro

A bola nem mesmo tinha rolado para o empate entre Macaé e Flamengo, e o clima já estava quente no Moacyrzão. Afinal, o goleiro Ricardo Berna, da equipe da casa, aparecia com um corte no queixo, alegando ter sido agredido por torcedores rubro-negros que invadiram o vestiário de sua equipe. Dentro das quatro linhas, Paulo Victor, o arqueiro rubro-negro, ficaria em uma situação ainda pior. Em choque com Aloísio, ele se machucou feio, com um sangramento que o tirou do jogo e resultou em nove pontos na testa.  
Não parou por aí. Como já tinha feito três alterações àquela altura, aos 27 da etapa final, o Flamengo teve que ficar com dez jogadores em campo e, pior, improvisar um jogador de linha debaixo da meta. Sobrou para Alecsandro, autor do gol rubro-negro no empate em Macaé. Ele ficou quase 20 minutos na função e teve pouco trabalho. Além de observar arremates ruins dos rivais, trabalhou mais ativamente apenas em uma ocasião, em cruzamento de Diego Corrêa, ao dividir a bola com um adversário. Confira abaixo um resumo da partida:
  
Confusão em vestiário

O corte no queixo de Ricardo Berna ainda era pequeno diante da indignação do goleiro ao dizer que fora agredido por torcedores de uma organizada do Flamengo. O fato, que acabaria ganhando as manchetes mais do que o jogo em si, teria ocorrido durante uma invasão, feita por um grupo de aproximadamente 100 pessoas, ao vestiário do time mandante.

 
 O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, foi surpreendido pelo relato, ao mesmo tempo em que achou estranha a agressão a Ricardo Berna, e questionou a facilidade com que os agressores conseguiram entrar e sair do vestiário do Macaé sem terem sido identificados.


Luto contra a Ferj 


O Flamengo foi a campo com uma tarja preta no escudo. A razão do “luto” foi na verdade um protesto contra a FERJ. Desde que a federação decidiu reduzir o preço dos ingressos, o clube, em conjunto com o Flu, vem batendo de frente publicamente com a entidade. Um dia após o presidente rubro-negro, Eduardo Bandeira de Mello, alegar ter sido ofendido verbalmente em uma reunião e ameaçar criar uma liga paralela, a equipe exibiu sua insatisfação sem qualquer cerimônia. 
Escorregada de Samir

Com a bola em jogo, o Flamengo começou melhor e tinha completo domínio de jogo, ainda que isso não refletisse em muitas chances claras. Mas quem saiu na frente foi o Macaé. Samir escorregou após cruzamento, e Pipico se aproveitou para escorar para o gol, abrindo o marcador aos 42 do primeiro tempo.   
Acidente de trabalho

Ao sair do gol para fazer uma defesa, Paulo Victor se chocou com Aloísio, e ambos sofreram cortes profundos. Pior ainda para o goleiro, que ficou tonto, teve que deixar o campo e recebeu nove pontos na testa.  
Corridinha do Luxa

O goleiro deixou o campo de jogo diretamente para o vestiário, e Vanderlei Luxemburgo  o seguiu em um pique de dar inveja a muito garoto. Após o jogo, ele disse que foi checar se o atleta ainda tinha condições de jogo e declarou que vai discutir a situação internamente.
Fogo amigo

Sem Paulo Victor, o escolhido para defender a meta rubro-negra foi um atacante, justamente o autor do gol do Fla, Alecsandro. Ele vestiu a camisa do reserva César, a luva de Paulo Victor e se mandou para a meta rubro-negra. Só que, desajeitado, ele acertou o rosto do lateral-direito Pará, que só estava lá tentando ajudar.  
Alec no gol

Como goleiro, ele não teve trabalho e pouco pôde mostrar suas qualidades para a função. Em quase 20 minutos com luvas em mãos, Alecsandro apenas observou finalizações para fora e teve que trabalhar apenas a dois minutos do fim, ao sair da meta para cortar cruzamento.  
- No começo, estava tenso. Não tem como ficar tranquilo, mesmo com a experiência que tenho no futebol. Nunca tinha feito isso. Vestir a camisa do Cesar e a luva do Paulo tinha que dar certo. Fui empurrado no único lance que tive que trabalhar, e o juiz não iria dar nada se fosse gol – avaliou Alecsandro após a partida.

fonte: globo .com

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