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Novo prefeito de Mangaratiba anuncia auditoria interna após operação do MP prender ex-prefeito e dois secretários


O novo prefeito de Mangaratiba, Ruy Tavares Quintanilha (PSD), que era vice e assumiu o posto nesta sexta-feira, após a prisão de Evandro Bertino Jorge (PSD), fará uma auditoria interna na prefeitura a partir de segunda-feira. Evandro Capixaba, como é conhecido o ex-prefeito, foi detido durante uma operação do Ministério Público estadual (MP-RJ), acusado de chefiar um esquema que desviou pelo menos R$ 10 milhões do município.
— A cidade está um caos. Nos próximos sete dias, eu e os funcionários da prefeitura vamos trabalhar a portas fechadas para iniciar uma auditoria interna, e colaborar no que for necessário com a Justiça — garante Ruy Tavares.
Segundo a denúncia do MP, Evandro Capixaba articulou fraudes em pelo menos 16 licitações do município. Ele vai responder por formação de quadrilha, falsificação de documentos e coação de testemunhas. Além de afastar o ex-prefeito do cargo, a Justiça determinou o bloqueio de bens. Os secretários de Comunicação, Roberto dos Santos, e de Segurança e Ordem Pública, Sidney Ferreira, também foram presos. Outras 41 pessoas foram denunciadas.


De acordo com as investigações, o esquema funcionava assim: a prefeitura pagava ao jornal “Povo do Rio” para rodar páginas falsas de exemplares que já haviam ido para as bancas. Nelas, eram incluídos anúncios de editais de convocação e resultados de licitações que, na verdade, não eram divulgados. Quem participava das licitações eram empresas determinadas, sendo que algumas eram fantasmas, criadas em nome de laranjas. O dono do jornal, Alberto Ahmed, está entre os denunciados pelo MP.
— Era um esquema de licitação de cartas marcadas. Tudo era armado para que determinadas empresas vencessem — afirma o subprocurador-geral de Justiça de Assuntos Institucionais e Judiciais, Alexandre Araripe Marinho.
A investigação começou na 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Angra dos Reis, com o promotor Alexander Veras Vieira. Ao longo do processo, o Disque-Denúncia (2253-1177) recebeu ligações sobre possíveis planos contra o promotor. O inquérito foi aberto no ano passado e apura cerca de 40 licitações, num esquema que teria movimentado R$ 60 milhões.
As investigações apontam que o esquema de fraudes já estava sendo posto em prática em outras cidades. Parte da equipe que formava a Comissão de Licitação do município estava trabalhando nas prefeituras de Itaguaí e Seropédica.
— Destaco o destemor e a falta de limites da quadrilha, inclusive com indícios de vínculos em outros municípios — afirma o promotor Alexander Veras Vieira.
O prefeito Evandro Capixaba negou as acusações feitas pelo Ministério Público.

fonte: extra

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