Brasileiro e outros condenados à morte na Indonésia são executados; filipina é poupada
CILACAP,
Indonésia (Reuters) - Oito condenados à morte na Indonésia por tráfico
de drogas, incluindo o brasileiro Rodrigo Gularte, foram executados na
madrugada de quarta-feira (horário local), mas uma filipina que também
estava no corredor da morte foi poupada de forma inesperada.
O
Ministério das Relações Exteriores do Brasil vai conceder uma
declaração sobre a execução de Gularte por volta das 16h30, informou o
Palácio do Planalto.
Gularte
tornou-se o segundo cidadão brasileiro a ser executado na Indonésia
neste ano, após o fuzilamento de Marco Archer, em janeiro, também
condenado por tráfico de drogas.
As
penas de morte foram condenadas pela Organização das Nações Unidas
(ONU) e abalaram os laços da Indonésia com o Brasil e a Austrália, que
teve dois cidadãos executados.
No
entanto, a execução de uma filipina condenada à morte por tráfico de
drogas na Indonésia foi adiada na última hora, depois que uma de suas
recrutadoras se entregou à polícia nas Filipinas, afirmou o porta-voz da
promotoria na quarta-feira (horário local).
"A
execução de Mary Jane (Veloso) foi adiada porque houve um pedido do
presidente filipino relacionado a uma criminosa suspeita de tráfico
humano que se entregou nas Filipinas", disse o porta-voz do
procurador-geral, Tony Spontana.
"Mary Jane foi chamada para depor", acrescentou.
A
filipina era uma dos nove traficantes condenados à morte por
fuzilamento pelas autoridades da Indonésia. O país possui penas severas
para crimes relacionados a drogas e voltou com as execuções em 2013 após
uma pausa de cinco anos.
A
prisão de segurança máxima da ilha, situada ao largo da costa de Java,
teve reforço na proteção nesta terça-feira. Conselheiros religiosos,
médicos e o pelotão de fuzilamento foram alertados para iniciar os
preparativos finais para a execução, e ambulâncias, algumas carregando
caixões cobertos de cetim branco, chegaram ao local.
Em
meio a cenas caóticas fora da cadeia, um membro de uma das famílias
australianas desmaiou e foi levado pela multidão. "Eu hoje vivi algo
pelo qual nenhuma outra família deveria ter que passar. Nove famílias
dentro de uma prisão dizendo adeus a seus entes queridos", disse o irmão
de um dos australianos condenados. "É uma tortura."
(Reportagem de Kanupriya Kapoor)
FONTE: G1
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