CARTA ABERTA DOS POLICIAIS CIVIS DO NORTE/NOROESTE FLUMINENSE
O nosso
dever como policiais civis é proteger a sociedade, garantido o
cumprimento das leis. Por isso, somos servidores que operamos a
cidadania e a democracia no cotidiano de nossa atuação profissional. Uma
Polícia Civil eficiente é essencial para o bom funcionamento da
sociedade, não há como negar. Porém, o que vemos no Estado do Rio de
Janeiro é uma corporação sofrendo sistemático abandono.
Apesar da
alardeada modernização indicada no Projeto Delegacia Legal, as
estruturas de muitas delegacias voltam a ser muito deficientes: não há
computadores suficientes, falta papel para impressão, as viaturas não
tem a manutenção adequada, servidores são desviados de suas funções,
etc. Em outras palavras: o Projeto Delegacia Legal não conseguiu,
passados mais de dez anos de sua implementação, estabelecer um ritmo de
funcionamento adequado na Polícia Civil do nosso estado.
Assim
somos limitados, por razões de natureza administrativa e logística, no
nosso dever de proteger a sociedade garantindo o cumprimento das leis.
Se isso
não bastasse, ganhamos salários que não são condizentes com a formação e
a responsabilidade exigidas. Temos uma das remunerações mais baixas com
exigência de nível superior do país. E, nos últimos meses, estamos
sofrendo sucessivos e covardes ataques por parte do Governo do Estado:
parcelamento do salário, mudança no calendário de pagamento, RAS
atrasados, premiações atrasadas, regime de RAS “Compulsório” e, a maior
covardia, suspensão do pagamento dos inativos e pensionistas.
Não há
como sustentar mais essa situação. Por isso, nós, policiais civis do
Norte/Noroeste Fluminense, em reunião com a diretoria da Coligação dos
Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Colpol-RJ), entendemos que
devemos ir além das importantes ações judiciais encaminhadas pela
associação. Propomos que na próxima Assembleia Geral da Colpol-RJ
discutam-se as seguintes ações:
1.
OPERAÇÃO PADRÃO: discutir os termos de uma Operação Padrão, como já
realizadas em outras ocasiões pela categoria, para garantir: o pagamento
no 2º dia útil de cada mês, o pagamento das premiações, pagamento do
RAS e suspenção do RAS “compulsório”.
2. AÇÃO
OLÍMPICA: preparar um relatório e realizar atos públicos para denunciar a
situação da Segurança Pública do Rio de Janeiro para a comunidade
internacional.
Pressionar
o Governo do Estado é a única forma de garantirmos os nosso direitos e o
funcionamento mínimo da Polícia Civil. E isso, sem nenhuma dúvida, é
proteger a sociedade.
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