"Em comunicado
enviado no fim da tarde desta terça-feira, o governo do estado confirmou
que não conseguiu arrecadar o valor necessário para pagar a folha de
pagamento do funcionalismo público, marcado para esta quarta-feira, dia 9
de março. Na nota, o governo pede “a compreensão dos servidores” e
promete o depósito para o dia 11, na próxima sexta-feira.
Na
nota, o governo apresenta o valor necessário para quitar a folha de
fevereiro: R$ 1,445 bilhão para 468.621 servidores, sendo 220.323
ativos, 153.463 inativos e 94.835 pensionistas. Deste montante, não foi
especificado o quanto falta para que todos recebam.
O pagamento
marcado para o dia 9 de março já foi em virtude de uma alteração
proposta pelo Executivo. Desde a folha de dezembro, os depósitos
passaram a ser no 7º dia útil do mês seguinte ao trabalhado (antes eram
no 2º dia). A mudança gerou a insatisfação dos servidores, que agora
terão de lidar com novo atraso.
Confira o comunicado do governo na íntegra
O
Governo do Rio informa que o pagamento da folha de fevereiro dos
servidores ativos, inativos e pensionistas será feito nesta sexta-feira
(11/3).
O Estado pede a compreensão dos seus servidores e pensionistas,
porém a postergação é necessária devido ao agravamento da crise
financeira fluminense, provocada pelo aprofundamento da desaceleração da
economia brasileira, recuo nos investimentos da Petrobras e queda nos
preços do petróleo.
O pagamento estava inicialmente previsto para esta
quarta-feira (9/11). O valor a ser desembolsado pelo governo do estado
será de R$ 1,445 bilhão a 468.621 servidores, sendo 220.323 ativos,
153.463 inativos e 94.835 pensionistas.
A forte recessão
da economia brasileira, confirmada pelos dados do Produto Interno Bruto
(PIB) divulgados na semana passada pelo IBGE, está afetando todos os
estados brasileiros, em particular o Rio de Janeiro, cuja economia tem,
pela sua vocação natural, forte peso do petróleo, cujos preços vêm
despencando desde 2014. O PIB do país despencou 5,9% no último trimestre
de 2015 ante igual período do ano anterior. O resultado ilustra a
dimensão da crise econômica que castiga todas as unidades da Federação,
obrigando vários estados a postergar ou parcelar o pagamento dos
salários.
A quase paralisação das atividades da
Petrobras, empresa que tem 80% das suas atividades no Estado do RJ,
agrava significativamente a crise das finanças fluminenses. A partir do
último trimestre de 2014, houve uma intensa mudança na arrecadação do
Estado, provocada pela forte queda nos preços do petróleo, setor que
representa 30% do PIB do estado.
O principal efeito da
queda do preço do petróleo no Estado do Rio de Janeiro é na arrecadação
com royalties. A receita com royalties despencou 38% em 2015, passando
de R$ 8,7 bilhões em 2014 para R$ 5,5 bilhões no ano passado. Ainda em
2015, a arrecadação de ICMS do segmento de “petróleo, combustíveis e gás
natural” despencou, em termos reais (descontada a inflação), 19,4% em
relação a 2014. O preço do barril do petróleo caiu de US$ 110 em junho
de 2014 para US$ 65 em junho de 2015. A média do mês passado foi de US$
30.
O governo do estado mantém, como máxima prioridade, o
pagamento dos salários dos servidores ativos, inativos e pensionistas.
Os esforços para geração de receitas extraordinárias que permitam
enfrentar as turbulências econômicas prosseguem".
Fonte: Extra
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