Na noite desta terça-feira, 23/02, a Câmara de Vereadores cassou o mandato do prefeito Gelsimar Gonzaga.
A votação foi 10 para cassação e1 a desfavor da cassação. Gelsimar é o primeiro prefeito do Partido PSOL a ser cassado.
A manifestação começou por volta das 18h e seguiu até a saída dos
vereadores, que foram hostilizados e até mesmo ameaçados por alguns dos
manifestantes. Os vereadores deixaram o prédio sob forte escolta
policial e seguranças particulares. Cerca de 200 manifestantes
estiveram presentes durante o auge do ato.
O vereador Fernando Arcênio (PSOL), único a favor do governo na
Câmara, foi aplaudido e exaltado pelos manifestantes pró-GG.
No plenário os 40 lugares ficaram
completamente cheios durante a sessão que entra para a história do
município, que segundo os vereadores, desde sua emancipação, em 1890,
até então nunca teve um prefeito cassado.
A Defesa de Gelsimar, o advogado
Alexandre, usou da tribuna expondo pontos contrários à Comissão
Processante, inclusive irregularidades tais como a existência de
vereadores de mesmo partido na comissão processante. Os vereadores,
entretanto, contestaram a defesa e deram segmento à votação de cassação.
A população ficou divida com o resultado. Entretanto funcionários da
Prefeitura Municipal de Itaocara relataram para nossa redação que a tal
decisão põe em risco o pagamento em dia dos salários, o que pode
prejudicar o funcionamento dos serviços públicos, entre eles a saúde.
Alguns membros da oposição também condenaram a atitude dos vereadores e
consideram o caso como uma novela, onde aguardam os próximos capítulos.
De acordo com os vereadores, após a sessão, Gelsimar deixou de ser o
prefeito de Itaocara. O Tribunal Regional Eleitoral- TRE irá notificar
Gelsimar e feito isso, o vice-prefeito Juninho Figueira (PROS) assumirá o
cargo de prefeito, o que deve ocorrer nas próximas horas ou dias.
Segundo os vereadores, a
criação da comissão processante se deu em 24 de outubro do ano passado
após o Presidente do Legislativo, João Batista Bittencurt da Rocha
apresentar uma denúncia. Nela o Presidente do Legislativo relata o
direito negado pelo Executivo de suplementar verbas para que Câmara
pudesse realizar pagamentos, sobretudo de pessoal, o que poderia colocar
em risco o bom funcionamento da Câmara.
O Executivo chegou a aprovar a suplementação de verbas, mas concedendo apenas parte do que havia sido pedido pelos vereadores.
O Executivo chegou a aprovar a suplementação de verbas, mas concedendo apenas parte do que havia sido pedido pelos vereadores.
Segundo a Câmara, tal ato infringe a Lei, uma vez que a suplementação se fazia necessária para o bom andamento do órgão.
Oitivas para ouvir testemunhas foram realizadas, mas parte delas se
negaram a testemunhar a favor do Prefeito e a conclusão da comissão processante levou para a cassação do mandato do prefeito Gelsimar Gonzaga.
Fonte: Folha Itaocarense
Fonte: Folha Itaocarense
0 comentários:
Postar um comentário