Possível forno indígena é descoberto na área de abrangência da UHE Itaocara

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 Fonte: ASPIRA - Associação de Proteção Ambiental de Pirapetinga e Região

Durante a abertura de uma estrada na região próxima ao local onde será construída a barragem da Usina Hidrelétrica Itaocara foi descoberto um estranho buraco cujo interior possuía pedaços de cerâmica, vidro e vestígios de carvão e no teto havia vários furos cavados na terra e com ligação com o exterior do buraco que possui ainda paredes de pedras assentadas umas sobre as outras.
   A ASPIRA, Associação de Proteção Ambiental de Pirapetinga e Região, contactou técnicos e especialistas no assunto, notificou o ministério público e diversas autoridades, inclusive o IPHAN ( Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) na tentativa de se descobrir o que realmente é e, se for necessário, se fazer cumprir as políticas de proteção cabíveis. Uma análise oficial ainda não foi divulgada, mas os especialistas contactados foram unânimes em dizer, extra-oficialmente, que acreditam ser este um achado de relevância histórica e que possivelmente trata-se de um forno indígena ou cabloco, pré-colonial, tal qual um que foi descoberto em Bom Jesus do Itabapoana-RJ
   Membros da ASPIRA, acompanhados de alguns representantes do poder público, tem feito seguidas incursões ao local, que não vem sendo divulgado para evitar vandalismo ou depredação causada por escavações de curiosos e saqueadores à procura de algo de valor. Se for confirmado que trata-se de um sítio arqueológico as autoridades competentes deverão agir para que seja feita a proteção do mesmo a fim de se aprofundar os estudos, o que pode implicar inclusive em atrasos ou mesmo impedimento das obras da UHE Itaocara, já que o local está em sua área de abrangência.
   Segundo a ASPIRA, nas próximas semanas eles terão mais informações relevantes sobre este importante achado histórico e o principal objetivo de se comprovar a importância do local não é impedir as obras da UHE Itaocara, mas sim proteger o patrimônio histórico da região e ao mesmo tempo cobrar dos responsáveis mais ações relativas à proteção do meio ambiente no entorno, região que será enormemente afetada pela construção da UHE Itaocara.

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