Termina a visita "estritamente privada" de Raul Castro ao Papa
Ao
presentear Raul com a medalha de São Martinho de Tours, Francisco
indicou que é necessário 'cobrir' a miséria do povo e “promover
ativamente a sua dignidade”
O
Papa Francisco recebeu no Vaticano, na manhã deste domingo (10), o
presidente de Cuba, Raul Castro. Um encontro de particular importância
para a viagem que o Santo Padre pretende realizar a Cuba antes de chegar
aos Estados Unidos no dia 23 setembro.
Uma visita "estritamente privada" como afirmado anteriormente pelo diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, padre Federico Lombardi. O Papa recebeu o líder cubano no escritório ao lado do salão das audiências, na Sala Paulo VI.
O Papa esperou-o e disse "bienvenido". Raul Castro inclinou a cabeça, apertou sua mão, e eles entraram no escritório onde ficaram cerca de 55 minutos conversando em espanhol. Em seguida, foram para outra sala onde o Santo Padre saudou a delegação, composta por cerca de dez pessoas, entre as quais o Ministro do Exterior de Cuba.
Raul ofereceu ao Papa uma preciosa medalha de prata comemorativa do 200º aniversário da fundação da Catedral de Havana, da qual existem apenas 25 cópias. E também um quadro do artista cubano Kcho, que estava presente na audiência e explicou ao Papa que pintou destroços de embarcações em forma de cruzes, recordando os migrantes e as tragédias em Lampedusa. O Papa agradeceu ao artista pela inspiração.
Francisco ofereceu uma medalha de São Martinho de Tours cobrindo um pobre com seu manto. E acrescentou que é necessário "não somente o compromisso de ajudar e proteger os pobres, mas também promover ativamente a sua dignidade". Ele também ofereceu a Exortação apostólica Evangelium Gaudii, acrescentando que, além da parte religiosa tem uma parte social.
Ao sair do Vaticano, o presidente cubano disse aos jornalistas: "Nós agradecemos ao Papa Francisco pelo papel ativo em favor do melhoramento das relações entre Cuba e os Estados Unidos".
É a segunda vez que um Castro visita o Vaticano, o primeiro foi Fidel que encontrou João Paulo II. E será a terceira vez que um Papa visita Cuba nos últimos 15 anos.
Em 21 de abril, o Vaticano confirmou que o Papa Francisco viajará para Cuba, antes da viagem apostólica aos Estados Unidos. O programa ainda não foi confirmado, mas fala-se de uma escala de algumas horas em Havana ou poucos dias para visitar alguns lugares da Ilha.
Em 30 de abril, na conclusão da 144ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal de Cuba, foi estabelecido uma comissão para preparar a viagem apostólica papal, presidida por Dom Dionisio García Ibáñez, presidente da Conferência Episcopal e Arcebispo de Santiago de Cuba. Além disso, integram a comissão o Arcebispo de Havana, Cardeal Jaime Ortega Alamino; o Bispo de Santa Clara, Dom Arturo Gonzalez Amador; o Bispo de Holguin, Dom Emilio Aranguren Echeverría; o secretário da COCC e Bispo auxiliar de Havana, Dom Juan de Dios Hernandez Ruiz S.J e Dom José Félix Pérez Riera, secretário-adjunto da COCC.
O Cardeal Beniamino Stella, prefeito da Congregação para o Clero, ex-núncio em Cuba entre 1993 e 1999, fez uma viagem pastoral ao país de 22 a 28 abril, onde participou de encontros com o clero, visitou os três seminários cubanos e reuniu-se com os bispos. Ele também encontrou o presidente Raul Castro. Na ocasião, o Cardeal destacou a importância da participação, da sensibilização dos católicos cubanos, que possam ir, que possam movimentar-se, que possam viajar para os pontos de encontro com Francisco. Além disso, definiu a viagem como "uma visita verdadeiramente pastoral, desejada pelo Papa há muito tempo".
Do outro lado, foi inaugurado em Cuba a nova sede do secretariado da Conferência dos Bispos, no último 26 de abril. O local que já foi nunciatura, passou para os Carmelitas Descalços, foi nacionalizado pelo comunismo e devolvido no dia 16 de junho de 2008.
fonte; Ricardo G omes
Uma visita "estritamente privada" como afirmado anteriormente pelo diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, padre Federico Lombardi. O Papa recebeu o líder cubano no escritório ao lado do salão das audiências, na Sala Paulo VI.
O Papa esperou-o e disse "bienvenido". Raul Castro inclinou a cabeça, apertou sua mão, e eles entraram no escritório onde ficaram cerca de 55 minutos conversando em espanhol. Em seguida, foram para outra sala onde o Santo Padre saudou a delegação, composta por cerca de dez pessoas, entre as quais o Ministro do Exterior de Cuba.
Raul ofereceu ao Papa uma preciosa medalha de prata comemorativa do 200º aniversário da fundação da Catedral de Havana, da qual existem apenas 25 cópias. E também um quadro do artista cubano Kcho, que estava presente na audiência e explicou ao Papa que pintou destroços de embarcações em forma de cruzes, recordando os migrantes e as tragédias em Lampedusa. O Papa agradeceu ao artista pela inspiração.
Francisco ofereceu uma medalha de São Martinho de Tours cobrindo um pobre com seu manto. E acrescentou que é necessário "não somente o compromisso de ajudar e proteger os pobres, mas também promover ativamente a sua dignidade". Ele também ofereceu a Exortação apostólica Evangelium Gaudii, acrescentando que, além da parte religiosa tem uma parte social.
Ao sair do Vaticano, o presidente cubano disse aos jornalistas: "Nós agradecemos ao Papa Francisco pelo papel ativo em favor do melhoramento das relações entre Cuba e os Estados Unidos".
É a segunda vez que um Castro visita o Vaticano, o primeiro foi Fidel que encontrou João Paulo II. E será a terceira vez que um Papa visita Cuba nos últimos 15 anos.
Em 21 de abril, o Vaticano confirmou que o Papa Francisco viajará para Cuba, antes da viagem apostólica aos Estados Unidos. O programa ainda não foi confirmado, mas fala-se de uma escala de algumas horas em Havana ou poucos dias para visitar alguns lugares da Ilha.
Em 30 de abril, na conclusão da 144ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal de Cuba, foi estabelecido uma comissão para preparar a viagem apostólica papal, presidida por Dom Dionisio García Ibáñez, presidente da Conferência Episcopal e Arcebispo de Santiago de Cuba. Além disso, integram a comissão o Arcebispo de Havana, Cardeal Jaime Ortega Alamino; o Bispo de Santa Clara, Dom Arturo Gonzalez Amador; o Bispo de Holguin, Dom Emilio Aranguren Echeverría; o secretário da COCC e Bispo auxiliar de Havana, Dom Juan de Dios Hernandez Ruiz S.J e Dom José Félix Pérez Riera, secretário-adjunto da COCC.
O Cardeal Beniamino Stella, prefeito da Congregação para o Clero, ex-núncio em Cuba entre 1993 e 1999, fez uma viagem pastoral ao país de 22 a 28 abril, onde participou de encontros com o clero, visitou os três seminários cubanos e reuniu-se com os bispos. Ele também encontrou o presidente Raul Castro. Na ocasião, o Cardeal destacou a importância da participação, da sensibilização dos católicos cubanos, que possam ir, que possam movimentar-se, que possam viajar para os pontos de encontro com Francisco. Além disso, definiu a viagem como "uma visita verdadeiramente pastoral, desejada pelo Papa há muito tempo".
Do outro lado, foi inaugurado em Cuba a nova sede do secretariado da Conferência dos Bispos, no último 26 de abril. O local que já foi nunciatura, passou para os Carmelitas Descalços, foi nacionalizado pelo comunismo e devolvido no dia 16 de junho de 2008.
fonte; Ricardo G omes
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