Foto: Arquivo Blog do Adilson Psiu |
Os abusos ocorreram na própria casa alugada pela família, na Rua
Adalberto Ferreira Dias, entre o Centro e o bairro Caxias. Já o padrasto
foi encontrado na casa de sua mãe, no bairro Eucalipto. Ele e a
companheira haviam deixado a residência dias após o caso ter sido
descoberto pela Polícia Civil e Conselho Tutelar. Com as investigações
realizadas pela Delegacia e resultados dos exames de corpo de delito e
DNA, a Justiça expediu um mandado de prisão preventiva para Alcinei
Faria da Silva, de 47 anos.
Na rua moradores não quiseram se identificar, mas relataram que não
desconfiavam do caso até o nascimento da criança, uma vez que a
deficiente ficava acamada e era mantida dentro da casa. Em 2015, o
Conselho Tutelar já havia ido até a residência e encontrado a vítima com
sinais de maus-tratos, sendo ela encaminhada para o Hospital Municipal
de Itaocara.
No entanto, a vítima voltou para a mesma casa.
No entanto, a vítima voltou para a mesma casa.
"Moro aqui há quatro anos e sempre escutei a menina gritar algumas
vezes, mas pensava que era por conta da deficiência dela, jamais poderia
imaginar tamanha crueldade. Acho que todos aqui pensavam o mesmo e nem
desconfiaram dos estupros", comentou um morador da rua.
Os vizinhos só notaram algo estranho quando a companheira de Alcinei
apareceu com uma criança recém-nascida, há cerca de um mês. Como ela não
sabia explicar de quem era a criança, o Conselho Tutelar acabou sendo
acionado para o caso e encontrou a recém-nascida com sinais de
desnutrição. A menina deficiente também estava com os seios inchados,
com fortes indícios de lactante. A criança e menina deficiente foram
encaminhadas para o Hospital de Itaocara. Após serem liberadas da
unidade de saúde, a menor ficou sob os cuidados do prefeito e da
primeira-dama, até ser encaminhada para um abrigo, enquanto que a menina
foi encaminhada para um asilo.
O fato foi levado ao conhecimento da Polícia Civil. A 135ª Delegacia
Legal de Itaocara abriu um inquérito para investigar o caso. Os agentes
da Delegacia solicitaram exame de DNA, tendo o resultado comprovado que o
pai da criança era Alcinei, o padrasto da menina deficiente. O exame de
corpo de delito apontou que os abusos vinham ocorrendo há um bom tempo.
Indiciado por estupro de vulnerável, o padrasto foi preso numa
operação da Polícia Civil de Itaocara no final da tarde de ontem. Ele
depôs nesta manhã e foi encaminhado para a Casa de Custódia de
Itaperuna, onde permanecerá à disposição da Justiça. Se condenado, o
padrasto poderá pegar até quinze anos de reclusão. Segundo a Polícia
Civil, Alcinei já tem passagens por outros crimes, como lesão corporal e
homicídio tentado.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, o Delegado também solicitou a prisão preventiva da companheira de Alcinei. Ela é suspeita de ter ajudado o padrasto a estuprar a própria filha, além de ter omitido o caso. A Justiça não havia concedido mandado de prisão por entender que há poucos indícios contra a mãe da vítima, no entanto, o Delegado reiterou o pedido de prisão preventiva após novos depoimentos do padrasto.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, o Delegado também solicitou a prisão preventiva da companheira de Alcinei. Ela é suspeita de ter ajudado o padrasto a estuprar a própria filha, além de ter omitido o caso. A Justiça não havia concedido mandado de prisão por entender que há poucos indícios contra a mãe da vítima, no entanto, o Delegado reiterou o pedido de prisão preventiva após novos depoimentos do padrasto.
Redação: Folha Itaocarense
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